O estresse tem se tornado comum à vida dos moradores de centros urbanos e trabalhadores das mais variadas áreas de atuação. A poluição sonora e visual, assim como a competitividade profissional, em que trabalhadores disputam pela própria sobrevivência, são grandes contribuidores para o seu agravamento na sociedade moderna. Esses fatores estimulam uma descarga de fatores estressantes sobre o Sistema Nervoso que não existia há tempos atrás. Herdamos, junto com a globalização, a “Síndrome de Megainformação”, que bombardeia nosso cérebro diariamente com milhares de informações e estímulos, principalmente sonoros e visuais. Há, desta forma, uma sobrecarga em nossas células cerebrais, o que geralmente causa a liberação de determinados hormônios de forma irregular, causando o estresse.
Os hormônios que sofrem aumento em sua produção em resposta a situações estressantes, como cortisol, os corticóides e as catecolaminas, ao longo do tempo destroem as células cerebrais, causando danos irreparáveis ou de reversão muito difícil. Além disso, o cortisol contribui para a produção de radicais livres, intimamente ligados ao Mal de Alzheimer e o Câncer. A Musicoterapia, porém, é dotada de potencialidades que amenizam os sintomas do estresse, sendo capaz de diminuir ou normalizar as alterações fisiológicas, metabólicas e hormonais causadas pelo mesmo, melhorando a qualidade de vida imediata do indivíduo e agindo na prevenção de doenças psicossomáticas que podem surgir em decorrência do estresse.
Definição de Estresse
Segundo Mello Filho (1992), estresse é toda reação orgânica a fatores psicossociais, físicos, químicos ou biológicos que causam sobrecarga física e/ou mental, exigindo um reajuste e adaptação do indivíduo, provocando-lhe mudanças no funcionamento fisiológico. Portanto, toda situação em que o corpo e a mente sofrem um reajuste de adaptação é uma situação causadora de estresse. Se a reação do organismo ao estímulo agressor for intensa ou se o mesmo for muito potente e agir por tempo prolongado, poderá haver, como conseqüência, o desenvolvimento de uma doença ou uma maior predisposição à mesma.
Os hormônios que sofrem aumento em sua produção em resposta a situações estressantes, como cortisol, os corticóides e as catecolaminas, ao longo do tempo destroem as células cerebrais, causando danos irreparáveis ou de reversão muito difícil. Além disso, o cortisol contribui para a produção de radicais livres, intimamente ligados ao Mal de Alzheimer e o Câncer. A Musicoterapia, porém, é dotada de potencialidades que amenizam os sintomas do estresse, sendo capaz de diminuir ou normalizar as alterações fisiológicas, metabólicas e hormonais causadas pelo mesmo, melhorando a qualidade de vida imediata do indivíduo e agindo na prevenção de doenças psicossomáticas que podem surgir em decorrência do estresse.
Definição de Estresse
Segundo Mello Filho (1992), estresse é toda reação orgânica a fatores psicossociais, físicos, químicos ou biológicos que causam sobrecarga física e/ou mental, exigindo um reajuste e adaptação do indivíduo, provocando-lhe mudanças no funcionamento fisiológico. Portanto, toda situação em que o corpo e a mente sofrem um reajuste de adaptação é uma situação causadora de estresse. Se a reação do organismo ao estímulo agressor for intensa ou se o mesmo for muito potente e agir por tempo prolongado, poderá haver, como conseqüência, o desenvolvimento de uma doença ou uma maior predisposição à mesma.
“A palavra inglesa stress, empregada corretamente em física, serve para designar
a soma de todas as forças - quaisquer que sejam elas – que entram em jogo para
quebrar uma resistência. Essa palavra foi adotada em todas as línguas, dada a
dificuldade de se encontrarem outras com idêntico significado”
(PACHECO E SILVA, 1962).
O estresse causa também reações metabólicas e hormonais. Com a exposição prolongada do organismo ao estresse, há uma liberação excessiva de hormônios, o que, a longo prazo, pode danificar células cerebrais responsáveis por importantes funções cognitivas, como a memória e o raciocínio (KHALSA, 2005). Segundo Mello Filho (1992), há três tipos principais de estresse, designados segundo suas causas; são eles: estresse físico (submissão a situações agressivas como frio, fome, dor), estresse psicológico (alterações hormonais que antecedem a eventos significantes) e estresse social (exposição a ruídos, aglomeração urbana, isolamento, trabalho monótono e repetitivo).
Estresse pode ser definido ainda, como o denominador comum a todas as reações adaptativas do corpo, ou melhor, como sendo um estado manifestado por uma síndrome específica, constituída de todas as alterações inespecíficas produzidas em um sistema biológico. Estresse significa todo fenômeno em que não se consegue com facilidade uma adaptação suficiente, podendo manter o organismo em estado de tensão, inquietude, mal-estar e sofrimento (MOREIRA, 2003).
As causas e sintomas do estresse variam individualmente. Pode-se ressaltar que a história de vida de cada um de nós influencia de modo característico a carga de emoções empregada a um evento específico. Cada indivíduo reage de forma singular a um determinado agente estressor. Deve-se levar em consideração também o tempo de exposição a fatores desencadeantes de estresse e sua respectiva intensidade. Porém, alguns sintomas são comuns a muitos casos de estresse, muitas vezes havendo a presença de vários destes sintomas associados. Os sintomas mais freqüentes em indivíduos que apresentam esse diagnóstico, segundo os autores Delboni (1997) e Simmons (2000), são sentimento de pânico repentino, ansiedade, sentimentos agitados associados à sensação de “borboletas no estômago”, dificuldade em relaxar, inquietude, lapsos de memória, compulsão alimentar, freqüentes dores de cabeça, dificuldade em realizar tarefas, diminuição da libido sexual, dores musculares no ombro, nuca e costas, hipersensibilidade, cansaço constante e persistente, desânimo, queda de cabelo, baixa imunidade, dificuldades digestivas.
Acontecimentos importantes na vida particular de um indivíduo, sejam eles bons ou maus, podem torná-lo vulnerável a doenças. Comoção social, pressões da guerra, tensões do trabalho, perdas e alguns outros estados semelhantes geralmente estão relacionados com o aparecimento de moléstias (LEWIS e col., 1974).
O termo “Doença de Adaptação” foi usado por Selye, citado por Mello Filho (1992), para designar o conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para a adaptação. Na realidade, esse conjunto de reações ocorre constantemente, pois nos adaptamos diariamente às mais diferentes exigências do ambiente externo e interno. Conforme Selye, o organismo, quando exposto a um esforço desencadeado por um estímulo percebido como ameaçador à estabilidade do equilíbrio interno, sendo esse estímulo físico, químico, biológico ou psicossocial, apresenta uma tendência a reagir, utilizando-se de um conjunto de respostas fisiológicas inespecíficas, anatômica e fisiologicamente, respostas estas que constituem uma síndrome. A esse conjunto de respostas inespecíficas, em relação às quais o organismo participa como um todo, ele denominou “Síndrome Geral de Adaptação”, que se constitui em três fases: Reação de Alarme, Fase de Resistência e Fase de Exaustão.
Como o Estresse Afeta as Funções Imunológicas
O hipotálamo (região cerebral localizada sobre o tálamo, no centro do diencéfalo) tem por função regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas, secretando substâncias conhecidas como neuro-hormônios. Ele é responsável pelas respostas do organismo aos agentes estressores, estimulando a hipófise (glândula conectada ao hipotálamo, localizada no centro do cérebro) a aumentar a produção de A.C.T.H. (hormônio Adrenocorticotrófico), o que promove o aumento na liberação dos hormônios Corticóides e Catecolaminas (BALLONE, 2001). Conforme o mesmo autor, o nível aumentado desses hormônios, além de ser o principal indicador biológico de resposta ao estresse, influencia o sistema imunológico, inibindo a resposta inflamatória e afetando a função das células T, ou seja, linfócitos produzidos no Timo, que não produzem anticorpos, mas atacam invasores externos e trabalham junto a outras células do Sistema Imunológico. As células T auxiliares ajudam os linfócitos na produção de anticorpos, enquanto as células T supressores desativam a ação das células T auxiliares quando a produção de anticorpos produzidos é suficiente. Essas células se comunicam entre si produzindo substâncias químicas que governam a atividade das células do Sistema Imunológico (MOTTA, data não informada).
As respostas ao estresse ocorrem de diferentes formas em cada indivíduo, havendo uma sensibilidade afetiva pessoal e particular em cada um de nós caracterizando a forma como avaliamos e lidamos com tais situações, além de uma predisposição fisiológica de determinados órgãos ou sistemas orgânicos. A resposta imune ao estresse se dá através de ações conjuntas entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico. Quando, porém, há um excesso (de intensidade ou duração) de estresse, aumentam as possibilidades do surgimento de doenças relacionadas a esses sistemas (BALLONE, 2001).
Estresse pode ser definido ainda, como o denominador comum a todas as reações adaptativas do corpo, ou melhor, como sendo um estado manifestado por uma síndrome específica, constituída de todas as alterações inespecíficas produzidas em um sistema biológico. Estresse significa todo fenômeno em que não se consegue com facilidade uma adaptação suficiente, podendo manter o organismo em estado de tensão, inquietude, mal-estar e sofrimento (MOREIRA, 2003).
As causas e sintomas do estresse variam individualmente. Pode-se ressaltar que a história de vida de cada um de nós influencia de modo característico a carga de emoções empregada a um evento específico. Cada indivíduo reage de forma singular a um determinado agente estressor. Deve-se levar em consideração também o tempo de exposição a fatores desencadeantes de estresse e sua respectiva intensidade. Porém, alguns sintomas são comuns a muitos casos de estresse, muitas vezes havendo a presença de vários destes sintomas associados. Os sintomas mais freqüentes em indivíduos que apresentam esse diagnóstico, segundo os autores Delboni (1997) e Simmons (2000), são sentimento de pânico repentino, ansiedade, sentimentos agitados associados à sensação de “borboletas no estômago”, dificuldade em relaxar, inquietude, lapsos de memória, compulsão alimentar, freqüentes dores de cabeça, dificuldade em realizar tarefas, diminuição da libido sexual, dores musculares no ombro, nuca e costas, hipersensibilidade, cansaço constante e persistente, desânimo, queda de cabelo, baixa imunidade, dificuldades digestivas.
Acontecimentos importantes na vida particular de um indivíduo, sejam eles bons ou maus, podem torná-lo vulnerável a doenças. Comoção social, pressões da guerra, tensões do trabalho, perdas e alguns outros estados semelhantes geralmente estão relacionados com o aparecimento de moléstias (LEWIS e col., 1974).
O termo “Doença de Adaptação” foi usado por Selye, citado por Mello Filho (1992), para designar o conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para a adaptação. Na realidade, esse conjunto de reações ocorre constantemente, pois nos adaptamos diariamente às mais diferentes exigências do ambiente externo e interno. Conforme Selye, o organismo, quando exposto a um esforço desencadeado por um estímulo percebido como ameaçador à estabilidade do equilíbrio interno, sendo esse estímulo físico, químico, biológico ou psicossocial, apresenta uma tendência a reagir, utilizando-se de um conjunto de respostas fisiológicas inespecíficas, anatômica e fisiologicamente, respostas estas que constituem uma síndrome. A esse conjunto de respostas inespecíficas, em relação às quais o organismo participa como um todo, ele denominou “Síndrome Geral de Adaptação”, que se constitui em três fases: Reação de Alarme, Fase de Resistência e Fase de Exaustão.
Como o Estresse Afeta as Funções Imunológicas
O hipotálamo (região cerebral localizada sobre o tálamo, no centro do diencéfalo) tem por função regular determinados processos metabólicos e outras atividades autônomas, secretando substâncias conhecidas como neuro-hormônios. Ele é responsável pelas respostas do organismo aos agentes estressores, estimulando a hipófise (glândula conectada ao hipotálamo, localizada no centro do cérebro) a aumentar a produção de A.C.T.H. (hormônio Adrenocorticotrófico), o que promove o aumento na liberação dos hormônios Corticóides e Catecolaminas (BALLONE, 2001). Conforme o mesmo autor, o nível aumentado desses hormônios, além de ser o principal indicador biológico de resposta ao estresse, influencia o sistema imunológico, inibindo a resposta inflamatória e afetando a função das células T, ou seja, linfócitos produzidos no Timo, que não produzem anticorpos, mas atacam invasores externos e trabalham junto a outras células do Sistema Imunológico. As células T auxiliares ajudam os linfócitos na produção de anticorpos, enquanto as células T supressores desativam a ação das células T auxiliares quando a produção de anticorpos produzidos é suficiente. Essas células se comunicam entre si produzindo substâncias químicas que governam a atividade das células do Sistema Imunológico (MOTTA, data não informada).
As respostas ao estresse ocorrem de diferentes formas em cada indivíduo, havendo uma sensibilidade afetiva pessoal e particular em cada um de nós caracterizando a forma como avaliamos e lidamos com tais situações, além de uma predisposição fisiológica de determinados órgãos ou sistemas orgânicos. A resposta imune ao estresse se dá através de ações conjuntas entre os sistemas nervoso, endócrino e imunológico. Quando, porém, há um excesso (de intensidade ou duração) de estresse, aumentam as possibilidades do surgimento de doenças relacionadas a esses sistemas (BALLONE, 2001).
“A resposta ao estresse dá-se através da ação integrada dos sistemas nervoso,
endócrino e imune, num processo de alteração e recuperação da homeostasia.
Quando a reação de adaptação ao estresse não é adequada ou suficiente, aparece a
doença, mediada por alterações no funcionamento daqueles sistemas”
(MELLO FILHO, 1992).
Por estas razões, o organismo fica muito mais susceptível ao desenvolvimento de doenças ou infecções em fases crônicas de estresse. Porém, se o organismo já possui uma doença em desenvolvimento, este pode ser acelerado em ocorrência do estresse.
Doenças Psicossomáticas
A abordagem Psicossomática mostra que, na verdade, o funcionamento do corpo humano não se divide simplesmente em cabeça, tronco e membros, mas num organismo todo interligado em profundas e complexas relações que, embora ainda pouco compreendidas, são permanentes em nossas vidas (FRANÇA e col., 1997).
“Cada emoção a que você é submetido é um acontecimento físico. Quando se
experimenta uma forte reação emocional, mesmo causada por um filme a que se
assista, ocorre secreção de hormônios, e a química corpórea sofre alterações.
Quando as sensações são especialmente fortes, as reações físicas possivelmente
serão proporcionalmente violentas. As emoções são capazes de alterar o
equilíbrio endócrino, assim como o fluxo sanguíneo e a pressão, de inibir o
processo digestivo, de alterar a sua respiração e a temperatura de sua pele. Um
estado prolongado de perturbação emocional pode levar a alterações que provoquem
uma doença. Sua psique é capaz de desencadear uma reação excessiva dos
hormônios, o que pode produzir um processo patológico”
(LEWIS e col,. 1974).
A Medicina Psicossomática busca compreender as doenças como uma coordenação geral de processos integrados do organismo humano, e não como processos locais isolados. Ela ainda investiga e oferece caminhos para a promoção da saúde utilizando-se de características holísticas, voltadas para o paciente como um organismo complexo de diversas funções interligadas entre si, incluindo não só as funções de funcionamento orgânico, mas também as funções mentais, ambas com potenciais de interferência uma sobre a outra (FRANÇA e col., 1997).
As doenças psicossomáticas são doenças de ordem crônica caracterizadas por disfunções psicogênicas, em que há uma lesão da estrutura dos órgãos, causadas ou intensificadas por razões emocionais. Em geral, são tensões emocionais constantes que provocam alterações físicas manifestadas como doenças crônicas. No início, as tensões emocionais afetam o funcionamento fisiológico do organismo, causando dores e desconfortos, mas não lesões. Porém, o contínuo esforço do organismo para se adaptar a essas modificações pode causar, ao longo do tempo, lesões estruturais referentes à mudança do funcionamento fisiológico afetado, ou seja, a aquisição de uma doença (ALEXANDER, 1968).
Mac Lean, citado por Soares (data não informada), considera que os doentes psicossomáticos são incapazes de verbalizar convenientemente sobre as suas emoções, já que as mesmas não estão ligadas a processos intelectuais, e, por este motivo há uma descarga emocional sobre o hipotálamo pelo sistema neurovegetativo, o que provoca as psicossomatizações. Entre as reações psicossomáticas que podem decorrer da alteração da função dos órgãos, temos as seguintes: Reações Psicossomáticas no aparelho digestivo, como vômitos, diarréia, prisão de ventre, alterações da motilidade do estômago e intestinos; Reações Psicossomáticas no aparelho respiratório, como asma e bronquite; Reações Psicossomáticas no aparelho genito-urinário, como dor ao urinar, cólicas renais, aumento da freqüência urinária, vaginismo, ejaculação precoce, cólicas menstruais; Reações Psicossomáticas do aparelho circulatório, como hipertensão arterial, enxaqueca, cefaléia tensional; Reações Psicossomáticas da pele, como neurodermites, eczemas, pruridos. Se a disfunção se manifestar predominantemente nas glândulas secretoras, manifestam-se alterações na produção do muco, na produção dos hormônios do aparelho digestivo, da secreção das glândulas endócrinas, interferindo na secreção pancreática, biliar e entérica (intestinal). Entretanto, quando há uma alteração significativa na função irrigatória dos órgãos, nota-se uma diminuição da resistência da mucosa, o que pode resultar em hemorragias e ulcerações (FRANÇA e col., 1997).
A Musicoterapia na Redução do Estresse
Segundo Costa (1989), “A música desperta prazer e rompe bloqueios de contato, em níveis mais profundos, podendo-se estabelecer canais de expressão, facilitando o emergir de situações emocionais conflitantes, que em outras formas de terapia levaria muito mais tempo para surgir”.
A Musicoterapia é dotada de potenciais que podem auxiliar na regulação dos processos fisiológicos, metabólicos e hormonais, além de oferecer ao cliente um suporte social que o permita a enfrentar e aceitar situações de confronto em seu dia a dia (situações estressoras), já que trabalha o ser humano em sua forma integral, visando alcançar uma melhor qualidade de vida para o indivíduo, além de auxiliá-lo no desenvolvimento de processos fundamentais à sua adaptação e bem-estar.
A Musicoterapia não é simplesmente a utilização da música, mas a utilização de experiências musicais, o que significa que o agente da terapia não é visto apenas como sendo a música, e sim a experiência do cliente com a música (BRUSCIA, 2000). É também centrada na criatividade do ser humano, e a participação efetiva do mesmo envolve um processo criativo. O processo de criatividade permite-o ouvir ou criar uma música, explorar diferentes formas de arranjar, perceber e interpretar os sons. O processo criativo permite adquirir habilidades em encontrar soluções musicais, e estas habilidades se estendem para as situações da vida do cliente (BRUSCIA, 2000).
O processo musicoterapêutico abre possibilidades para a catarse, fluidificando energias estagnadas e abrindo um canal de liberação para as tensões musculares, através de instrumentos musicais, da voz ou do próprio corpo, dando enfoque à expressão emocional do cliente. Segundo Fregtman (1989), o som resultante do ato expressivo funciona como um espelho interior. O homem é uma totalidade, portanto, sua forma de comunicação com o mundo se dá através de vários canais distintos e simultâneos. Esses canais tem por função emitir e receber sinais e mensagens, de forma consciente ou inconsciente. Estabelece-se então um sistema integrado que deveria ser analisado em conjunto, atentando para as formas com que esses elementos se relacionam.
Os instrumentos musicais, que como já vimos atuam como prolongamento do próprio corpo do cliente, podem transformar a improvisação musical do mesmo em um diálogo simbólico, expressando suas tensões emocionais espontaneamente. Protótipos inconscientes podem surgir durante as sessões, quando a consciência está influenciada pelas pulsões instintivas e pelo afeto desencadeados, e não pelo julgamento racional e pela vontade consciente, como ocorre no caso da improvisação musical espontânea (FREGTMAN, 1989).
É comprovado que a produção de um som sempre é acompanhada de uma descarga afetiva, ainda que imperceptível à primeira audição. Por isso, pode-se afirmar que o processo em Musicoterapia é um facilitador de catarse, ou seja, liberação de sentimentos inibidos ou reprimidos, pois, através da expressão sonora (que engloba batidas, gritos, cantos, ruídos), é possível liberar essas emoções retidas. Ao emitir um som, nós, corpos vibrantes, emitimos também energia, que é posta em movimento. Cabe lembrar, porém, que as expressões sonoro-energéticas podem provocar descargas e regressões profundas, e devem ser utilizadas de forma prudente e moderada (FREGTMAN, 1989).
O uso da voz é uma experiência que envolve carga energética, pois o som emitido pelo cliente, ao experimentar diversas formas sonoras, proporciona uma intensa exploração terapêutica da conexão “inspiração-expiração”. Essas experiências podem ocasionar o surgimento de lembranças que facilitarão a expressão emocional (CHAGAS, 1997).
Segundo Chagas (1997), “cantar ajuda a juntar ação, emoção e pensamento, facilitando o contato direto com as sensações físicas, com os sentimentos e com a mais profunda sensação de ser o que se é”. Ainda conforme a autora, a chance de ouvir o que se canta e a aceitação do próprio material expressivo é a chance de experimentar-se profundamente. O ato de cantar possui muitas possibilidades terapêuticas quando se trata de indivíduos com queixa de estresse, já que o mesmo ajuda a regular a respiração, auxilia na mudança de estado de humor e equilibra, por conseqüência, os processos metabólicos prejudicados pelo estresse. Ao regular a respiração através do canto, estamos estimulando a liberação de endorfina na corrente sanguínea, além de obter a diminuição dos níveis de adrenalina (substância produzida em excesso quando há a ação de agentes estressores), fazer com que os órgãos voltem ao seu ritmo normal e os músculos diminuam a tensão causada pelo estresse, aumentando assim a sensação de bem estar (SIMMONS, 2000).
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Este artigo é baseado no trabalho de conclusão de curso "A Musicoterapia na Redução do Estresse e Prevenção de Doeñças Psicossomáticas", escrito por Sabrina de Souza Macedo, 2007.